6 de mar. de 2006

Constrangimentos
Em uma geração onde você se agarrar e trocar fluídos com pessoas aleatórias e sem significado para sua vida, me pergunto como salvar-se dos constrangimentos futuros. Pois isso se passa na minha cabeça desde meus 14 anos, quando comecei a agarrar e trocar fluídos com pessoas aleatórias. Imaginava coisas do tipo "imagina eu trabalhando em uma empresa e, de repente, sou apresentada a um novo cliente, que por acaso, é Eduardo, sim aquele mesmo que agarrei e troquei fluídos em uma festa back in 1998". Pois o mundo é cheio de coincidências, e se você teve acessos íntimos a mais pessoas do que seu cérebro é capaz de recordar, essas coisas têm uma porcentagem maior de acontecer.
Quem sabe está você lá, uma senhora de muito respeito e cultura, sendo apresentada para o pai da namoradinha do seu filho, e ao cruzar seu olhar com o sujeito você pensa "Meo Deos já rolei bêbada com esse cara no chão". Enquanto o senhor distinto, agora advogado de renome, lhe serve uma xícara de café, fazendo uma expressão absolutamente neutra, você não consegue deixar de pensar "ele já viu meus peitos, ele já viu meus peitos, ele já viu meus peitos". E no momento que se despedem na porta, ele acena e dá uma piscadinha no canto do olho "eu lembro de você". Quanta vergonha um ser humano pode suportar?