28 de set. de 2007

Dos fatos aos flatos

Ontem assistindo ao programa da Luciana Gimenez, uma pessoa intitulada "funkeira" dizia que adorava ir ao baile do pancadão sem calcinha porque era exibicionista. Dizendo "durante a semana sou mãe de família, mas no funk me libero".

Por mim, o feminismo pode dar suas grandes voltas e reviravoltas, as mulheres podem gritar, tomar pílula, queimar livro, chutar o Freud, que no fim, tudo acaba em uma cachorra dançando pancadão sem calcinha. Essa é a vitória do feminismo? A liberdade das mulheres está feita, pronta e disparada para que todas nós andemos sem calcinha pela rua, peidemos ao lado do nosso namorado e tomemos cerveja no gargalo.

E quão grande é minha felicidade em saber que eu deixei de ser respeitada porque conquistei essa liberdade de ser uma igual, de ser "masculinizada"! Ótimo, eu posso assistir futebol junto com os caras e soltar um belo arroto!

O problema é que eu não sou igual, nem me sinto igual. Essas diferenças convivem em extremos e o que as mulheres não enxergam (pelo menos as que se entitulam feministas) é que existem diferenças entre nós mesmas, que não são respeitadas. Agora, ser radical é mais bonito. Ser anti-estético, é interessante. Esquecer sua feminilidade ou tratá-la como uma força natural que se equipara ao macho, é o canal.

Se não posso mijar em pé, então vou fazer vocês, homens, mijarem sentados.

Eu gosto de homens com um toque de macho na medida certa que eu preciso para me sentir segura. Admito que sou frágil e que oh, preciso deles (neste momento uma feminista pula atrás de mim e me acerta na cabeça com um pedaço de pau). O homem gosta de sentir como "o que protege" e a mulher protegida. É tão óbvio, mas parece tão feio. Porquê, é feio admitir isso?

O problema é que com tantas mulheres que não penteiam o cabelo e outras que vão ao baile pancadão sem calcinha, os homens já não entendem o que fazer. "Se eu tentar protegê-la ela vai achar que eu sou machista, então é melhor eu tentar entendê-la". Nem sempre queremos entendimento.

A frágil aqui sou eu. Se todos os homens resolverem exibir a fragilidade deles o tempo todo pra provar que não há diferença entre nós, eu compro um vibrador.


"Agora eu sei como você se sente meu bem, esse O.B que eu coloquei incomoda bastante"