Fui até a clínica 10h. Fiquei na sala se espera assistindo desenho animado do Quarteto Fantástico e notei que a qualidade dos roteiros dos desenhos não melhorou muito em 18 anos. Depois de analisar a base criativa da animação, fui chamada para o exame. Entrei na sala, sentei em uma maca.
A moça perfurou uma veia da minha mão e colocou um caninho. Eu via meu sangue bombear pela mangueira fininha enquanto ela injetava as drogas. Diálogo:
Ela: você só vai sentir uma picadinha e vai ficar com sono.
Eu: Tá bem! E quanto tempo demora pra....HAH...WHOA...AHAHAHAHHAHA.
Tum.
Acordei 40min depois em uma outra sala, deitada em um sofá. Minha mãe olhando pra mim e eu fiz duas perguntas importantes:
- Como eu vim parar aqui?
"A enfermeira te trouxe"
- Eu ronquei?
"Um pouco"
Note que eu nem me preocupei em perguntar "estou morrendo?" ou "o exame deu um resultado bom?" Nah. Eu queria saber se alguém tinha me apalpado enquanto eu estava drogada ou se eu ronquei alto mostrando que não sou uma fina flor do bosque da delicadeza. No caminho de volta fiz minha mãe comprar pastel. Eu estava com fome e drogada e nessas ocasiões, pastel é a refeição dos campeões.
Cheguei em casa e dormi abraçada com um pastel de carne.
Eu pensei que fosse viver altas emoções. Eu desmaiei e comi pastel. Meh.
19 de nov. de 2008
Desacordei
Escrito por Sarah às 17:22
Labels: Comportamento, Confissão, Nada