4 de abr. de 2006

Blow away

Ontem depois de dois bilhões de anos resolvi sair para dançar. É, eu adoro fazer isso (não necessariamente às segundas-feiras, cheguei 3 horas atrasada no trabalho).

Como foi?

O engraçado é que mesmo estando em cidades grandes e todo mundo fazendo pose de cosmopolita, as pessoas são muito ignorantes. Burras mesmo, de dar desgosto.
Veja, eu não me acho "intelijenti" mas pra tudo tem um limite.

Depois de ouvir B-52's e um mané do meu lado dizer que era Joy Division, mantendo a pose de algum vocalista daquelas bandinhas nova iorquinas "The Algumas Coisas", com o cabelinho na testa e tudo, eu quis bater a cabeça na parede.

Tudo é enjoativo, todo mundo me parece bobo demais, sem graça demais, poser demais. Ficam cheirando pó pra pensar que são queridos, que todo mundo tá olhando e "oh eu sou tão foda".

Pessoas nunca vistas antes querem ser seus amigos, sorridentes, com olhos arregalados de quem mandou três carreirinhas ali na mesa. Descontrolados chacoalham os braços, falam cuspindo na sua cara um monte de palavras desconexas, jogadas ao vento, intercaladas com gírias "in right now". E pegam no seu braço (parece que precisam encostar em você) e riem de si mesmos com tanta força que parece que vão explodir os intestinos nas calças.

Depois de olhar para os lados e me ver cercada de menininhas que acham que ser punk é gostar de Sex Pistols, descolorir o cabelo e cheirar pó até encostar a mão na lua, eu desisiti de me preocupar. Peguei minha lata de cerveja de seis reais (heineken ainda por cima) e me pus a dançar sem virar a cabeça para lado nenhum.

Porque afinal de contas, é pra isso que eu estava lá.

*PS: Naquela muvuca de cretinos eu só não me sentia sozinha porque estava acompanhada da minha "mais querida", que eu adoro de paixão.
E senti saudades monstras do meu "mais amado", que odeia sair pra dançar. (não foi, tomei mil cantadas e fiquei me achando "gostozézzima")

Aff.