22 de ago. de 2006

Payback


Hoje, dez da manhã toca meu celular. Era meu irmão:
- Sarah, liga pro celular do pai.
- Como assim, por quê?
- Tem um panaca aqui no telefone dizendo que sequestrou o pai, liga pro celular dele e me liga que eu vou mandar esse cara tomar no cu.
Lá vou eu atrás do telefone do papi. Liguei no celular:
- Alô pai?
- Oi filhinha! Tudo bem?

Arrá. Notei pela alegria de papai que ele não estava em um cativeiro cercado por membros do PCC com um 38 enferrujado apontado para a cabeça dele como o bandido queria que meu irmão acreditasse. Liguei para meu irmão e disse: "Meu, o pai está bem, manda esse bandido à merda".

Sabe, acho uma graça bandido pedir alguma coisa pra sociedade. Na boa, andam dizendo que eu sou radical, mas amiguinhos, eu fui obrigada a ser assim. Veja bem a situação que passei hoje. Esses malditos criminosos invadem meu dia-a-dia, minha vida, meu tempo, meu cérebro e eu ainda sou obrigada a entender que são "vítimas do sistema"? Fodam-se.
Eu repito: Não tenho a mínima intenção de forçar meu ponto de vista para ver alguma coisa do lado deles. Não vou ver. São um bando de vagabundos, que escolheram ser vagabundos e estão enchendo o meu saco.

Sim, eu teria neste momento, neste exato momento, um grupo de extermínio. Sim, eu me proporia a matar um sujeito desses. Oh, não posso matar? Então transformo em um vegetal batendo no crânio dele com uma barra de ferro. Não posso? Oras, então arranco os olhos do maledeto com uma faquinha de manteiga.

Estou cansada desta merda toda. Estou cansada deste país de merda, com pessoas de merda que apoiam a causa de outras pessoas de merda.

Onde diabos está Charles Bronson em uma hora dessas?

Se alguém quiser bancar, por favor, uma passagem pra fora deste país ASAP. Sem volta.