25 de ago. de 2008

Vivendo de talvez

Eu sempre vivo no talvez. Me dizem que isso é coisa de signo. Eu culpo as opções da vida já que não creio nas posições estelares comandando meu pequeno destino. Se eu não consigo me controlar, quem dirá um planeta a bilhões de anos luz mandando em mim.

Nunca sei o que quero.

Como quando vou a um restaurante e peço um prato e depois me arrependo de não ter pedido outro. Prometo "da próxima vez". Ou quando abro o armário e depois na rua, me arrependo de ter colocado calça e não o vestido. Me lembro de um poema da Cecília Meirelles, de um livro homônimo que ganhei aos 5 anos e amava de paixão: "Ou isto ou aquilo".

Decido tudo de última hora, de sopetão. Como arrancar um esparadrapo. Nada prático. Não vivo em arrependimento, mas quase todos os dias, quando me deito, imagino que tudo podia ser diferente. Você não?