Constrangimento alheio
Sábado, estava eu almoçando na casa do meu namorado, quando um terrível acontecimento veio à tona.
O meu cunhado começou a brigar com a namorada, no meio do almoço. Um falando coisas do gênero "Você é um grosso" ou "Você que é fresca e intocável" e eu ali, com uma vontade imensa de enfiar minha cabeça no prato de macarrão de espinafre. Eu olhava para os lados, enchia meu copo de água, e aquela sensação de "pelo amor de Deus vão brigar em uma sala fechada com tratamento acústico e bem longe de mim!". Enfim. Casais brigando do nosso lado nunca foi nem nunca será divertido. A não ser que eles saibam lutar boxe. Aí a gente pode pelo menos apostar uma grana.
Constrangimento Alheio (Parte 2)
Eu fui a uma festa nesta sexta, e devo acrescentar que odeio festas aonde o caminho do banheiro possui uma escadinha. Escada em festa com álcool e salto alto não combinam. Eu nem estava bêbada nem nada, mas enquanto voltava do toalete dei um belo tropeço (o que já é natural em mim, o ato de tropeçar e se esborrachar no chão). Bom, quando tropeçamos temos o reflexo óbvio de nos segurarmos em alguma coisa.
Pois bem, a coisa que encontrei no caminho para me segurar foram as calças de um rapaz. Sim. Eu me segurei nas calças de um cara. E enquanto seguia minha trajetória até o chão, carreguei comigo a calça do sujeito. Mas eu me levantei com muita classe (a parca que me restava) e voltei para a pista de dança. O sujeito ,que eu me lembre só disse "ôpa!".
Constrangimento Quase Alheio ( O Retorno)
Ainda na festa. Banheiro novamente (porra eu tava bebendo né, e banheiro é assim, foi a primeira vez, não tem mais como: você vai voltar lá de meia em meia hora). Estava naquela posição específica feminina, o malabrismo do vaso sanitário, o contorcionismo sobre a privada ou a famosa "como mijar sem encostar nenhuma parte do seu corpo em absolutamente nada". Uma gordinha abre a porta enquanto eu estou lá. A maçaneta veio direto na minha cabeça. Porra. PORRA. Saí de lá berrando com a gordinha, que arregalou os olhos com pavor. Eu devia estar com cara de louca, uma coisa meio "O Iluminado". Não me lembro bem, mas eu acho que ofendi a gordinha dizendo coisas do gênero: "Porra filha, falta de educação né bem?" "Você abre toda porta que vê fechada? Não se pode mais mijar em paz?" "E ainda acertou minha cabeça! Vá a merda!".
Minha sorte foi que a gordinha não era violenta, senão eu teria apanhado.
Constangimento mais que constrangido:
É...eu comprei mais um sapato. Que Deus me acompanhe quando eu for para o inferno, na mesma sala de tortura onde ficará a Imelda Marcos.
Nesta sala é sabido que existem infinitos sapatos maravilhosos, mas nós, ali no purgatório, tivemos nossos pés cortados pelo Lúcifer. Só de imaginar eu sinto lágrimas nos meus olhos.
18 de out. de 2004
Escrito por Sarah às 09:06