24 de mai. de 2005

Mario behind the closet

Com o lançamento do Playstation 3 começam os borburinhos entre nós, nerds (sim eu sou nerd) de como juntar dinheirinho suficiente para comprar um. Não é novidade que a indústria de games reconheçe o fato de que seus maiores clientes são pessoas na faixa etária dos 20 aos 35, que trabalham e têm verba e para consumir esse tipo de produto. Eles fazem parte da nova geração que apesar de adulta, gosta de coisas ditas infantis. Eu me encaixo nessa categoria, já que no alto dos meus quase (quaaase) 24 anos, eu possuo um playstation 2 e sou viciada em coisinhas bonitinhas, histórias em quadrinhos, desenhos animados e porque não, brinquedos. Brinquedo de adulto, que no caso não se compra em sex shops. São aquelas famosas Action Figures, uma espécie de "reprodução plástica" de um personagem. Eu tenho as minhas ali paradinhas ao lado do meu computador.

O que pensa e o que consome essa geração? Esse novo filão comercial é composto por pessoas inteligentes, e que possuem bom gosto (nem todas obviamente). Mas nós consumimos objetos com design, e claro, muita tecnologia (sucesso IPod).

Os nerds, ou geeks estão na moda. É como disse para meus amigos na sessão de Estréia de Star Wars, A Vingança dos Sith (é eu estava lá, eu disse que era nerd), após observar garotos que muito contentes, pulavam pelas cadeiras do cinema, e que não tinham 12 anos, tinham a minha idade: They are Nerd and Proud.

Seriamos uma espécie de "nerd chic". Tanto, que vários filmes saem no cinema em "homenagem" à nossa geração, mesmo que não nos agradem. Porque é difícil agradar um nerd com adaptações de suas obras nerdísticas favoritas. Uma bem sucedida foi a épica Senhor dos Anéis, se bem que eu só assisti os filmes mesmo. Ao tentar ler o livro quase adquiri narcolepsia.

Agora, a indústria de games faz menos jogos infantis, e cada vez mais jogos com enredos elaborados, como o famoso Metal Gear e suas complicadas histórias, cheias de reviravoltas. Ou até o GTA e a violência do narcotráfico.
Não é difícil entender porque ficamos assim, "no meio termo" entre videogames e a vida adulta. Crescemos em uma época, onde os consoles travavam uma batalha ( e que travam até hoje), em que novidades estavam ali o tempo todo prontas para ser consumidas.

Fico imaginando minha vida em alguns anos: Vou pegar meus filhos, e ao invés de reunião familiar, faremos um campeonato de videogame. Se eles não acharem constrangedor, nem se videogames forem ultrapassados em 2020. Senão vou ficar quietinha jogando escondida.

Quem sabe até lá os nerds não dominarão o mundo?

FRESH FRESH FRESH
Algumas horas depois de publicar esse post me deparei com isso e não pude deixar de colocar. Que fique claro que esse tipo de nerd está fora da minha classificação.