3 de jul. de 2005


Mega Freak Descontrol

Mulherzinhas são consumistas por natureza. Digo mulherzinhas porque algumas da nossa espécie resolveram virar híbridas entre macho/fêmea e aparentemente gostam de esquecer que existe vaidade. Há uma grande alegria em ser feminina, usar saltos poderosos e maquiagem. Em, ao menos, ter a astúcia de se depilar.

Onde encontrar com suas iguais, mulheres loucas por promoções e descontos em roupinhas e afins? O lugar meus queridos é "bazar". Banquinhas enfiadas em algum lugar, galpão ou salão de festas. Aglomeração de banquinhas de sapatos, de bijuterias, roupas, sabonetes e velas perfumadas e logicamente, chocolate. Mulheres loucas se esmagando entre cabides e montanhas de roupas, sentadas no chão provando sapatos, preenchendo cheque nas costas do namorado (pobres namorados que nos acompanham nestas jornadas sem fim).

Eu fui em um bazar sábado, de manhã. Manhã é óbvio, para chegar cedo e encontrar peças que teriam a honra de entrar no meu armário, por preços baratinhos. Levei o pobrezinho do meu namorado junto, não por maldade, mas pelo simples fato de precisar de alguém pra perguntar "Ficou bom?". Opinião masculina nesses casos vale mais do que a de sua amiga doida que leva 13 blusinhas iguais de cores diferentes e acha que fez um grande negócio.

Só tinha lixo. LIXO. Coisas horríveis, decadentes, roupinha própria pra lavar calçada. Eu cheguei a gritar dentro de uma barraquinha: " Se eu ver mais uma bata, eu vou dar cabeçadas na parede". A tiazinha dona da barraca não gostou do meu comentário. Depois de muito vasculhar por montanhas de coisas horrendas eu achei um vestido. Queria provar. "Onde é o provador?".Não tem. Como? Não tem. Tem que provar no banheiro. Lá eu deixei minha carteira de motorista com a tia, e fui ao banheiro. 4023 mil meninas se matando lá dentro. Todas peladas, correndo de um lado pro outro, na frente do espelho, provando as malditas batas e calças jeans com cortes "baile funk". Sad.

Parece um droga. A mulherada entra en transe. Logicamente tinham alguns gays fazendo compras, porque o bazar não tem só roupa pra mulher. Uma barraquinha que vendia as marcas "posers" era a que fazia mais sucesso entre as bibas. Notei que lá só tinha roupa de 4 coleções atrás, e pasmem: peças que eu juro ter visto em 3 bazares diferentes: O chorume do chorume. Aquilo que ninguém compra MESMO. Percebeu o drama?

Depois de muito penar, fui embora, carregando um vestido e uma camiseta, e pensando que essa foi a última vez. Arrãn. Faz de conta então.