30 de jan. de 2006

- Hoje na estação de trem vi uma pomba perneta. Ela só tinha uma patinha, e pelo o que pude notar, a bichinha era uma mutação, já que a pata saía exatamente do meio de seu corpo, sem sinal de ter havido um dia, duas patas ali. A pomba saltitava "flop, flop, flop". Uma coisa muito bonita, extremamente poética. Lembrei do peixe de três olhos de Os Simpsons, o grande Blinky. Oh the modern life and the new nature!

- Descobri que restaurante chinês é uma coisa chata de se achar hoje em dia. Existem poucos, e bons, menos ainda. Sábado quis porque quis comer comidinhas chinesas. Então, acabei entendendo que comida chinesa está fora de moda. Hoje em dia o povão quer comida japonesa, e os hypadinhos, tailandesa ou indiana. Começo meu manifesto pela volta do rolinho de primavera. Pessoas, façam a comida chinesa voltar à moda, e parem com essa palhaçada de achar que tudo que vai curry e raiz forte é o máximo. Molho agridoce com carne de porco é um "must". Sobre minha vontade incontrolável de ingerir coisas da terrinha do Mao, foi simplesmente para comemorar o ano novo chinês, o ano do cachorro. Sim, eu podia ter ido à Liberdade, lá estava rolando uma super confraternização, mas tenho problemas sérios com muitas pessoas reunidas em um mesmo espaço. Muvuca e empurra-empurra não é pra mim.

- Fui cortar o cabelinho sábado, depois de ouvir eloqüentes reclamações de como meu cabelo estava "estranho" e "não combinava comigo" (honestamente parecia um pequeno capecete disforme, talvez porque eu mesma vinha cortando há 3 meses). Entrei no Soho e fui abordada com a seguinte pergunta "temos profissionais de 30 reais e profissionais de 40 por corte, qual você quer?". Veja bem, temos aqui uma clara alusão à profissionalidade e qualidade de trabalho do sujeito. "O de trinta corta mal? É equivalente? Porque diabos ele é dez contos inferior ao outro? Se ele cortar um pedaço da minha orelha pode fazer por vintão?" - Tantas perguntas passaram por minha cabeça, acabei escolhendo o de trinta. Ah, se eu mesma estava cortando, supondo que eu seja uma profissional de três reais. De três pra trinta já é um grande avanço.