13 de abr. de 2006

Ou, Tia!

As feministas francesas (que raça) estão nervosas com os títulos madame ou mademoiselle, dizendo que é ofensivo, repressor e tal e coisa e coisa e tal. Querem abolir do cardápio (menu) de palavras ditas no dia-a-dia o mademoiselle e deixar só o madame. E pronto, todo mundo feliz! Bom, pelo menos as francesas cheirando a queijo brie e com o sovaco cabeludo sem sutiã ficariam felizes.

O que me oprime é ser chamada de "tia". Gosto de ouvir "moça" ou "mocinha". Tia é como passar arame farpado na gengiva. SE quiserem me chamam de "Ou". "OU, abre isso aqui" "OU, você está com algo nos dentes!". Mas tia não.

Lembro-me (com muito pesar) da primeira vez que me chamaram de tia. Veja só, eu tinha 14 anos. Isso, catorze. Eu estava no elevador, entrou um menino de uns 6 anos. "Tia aperta o 9 pra mim?". Arrã. Eu perguntei "Por quê você me chamou de tia?" O garotinho: "Porque você é maior do que eu!" Ele me viu assim, a tia da escolinha. Não doeu tanto (pudera, com 14 anos você acha que nunca vai ficar velha).

Então, na minha honesta opinião, as moças brasileiras (e as tiazinhas, tias e tiazonas) deveriam fazer uma exigência formalizada para retirar a palavra "tia" do vocabulário. "Mas e as irmãs dos meus pais?". Inventem outra palavra. Nada justifica eu ser chamada de tia.

Acho que vou chamar umas feministas francesas para apoiar a causa. Ou melhor, não.

Feministas fedem. Literalmente.