25 de mai. de 2006

Fame and sucess

Depois da catarata de emails, um quadrilhão de ligações que atravessaram a madrugada, SMS que encheriam todos os celulares do PCC e bilhetes pornográficos deixados na porta do meu apartamento, me senti muito lisonjeada.

O sucesso da prévia do meu livro - que nem título e capítulos anteriores ao XVI possui - está fora de controle. Sou mais famosa que a prostituta e suas confissões escorpianas. Dan Brown será meu discípulo em estratégias de marketing para conquistar leitores. Eu não sei o código Da Vinci, mas sei o código dos machos!

Cap. XVI2 - Versão Premium Plus Extra Wide with the Survivor Mode Directors Cut - The Real Men Hidden Files

Homens devem abrir portas para as mulheres. Não estou mandando pagar a conta, não estou mandando trocar o pneu, não quero que engraxe me sapato, só estou pedindo para abrirem a porra da porta. Elevadores, carros, restaurantes, rotisseries. Todas as portas. Eu sei, eu tenho mãos para isso, mas são eles que precisam ter classe. Capisce?

Homens precisam parar de reclamar de como as mulheres ficam fubanguentas quando estão domingo à tarde em casa. Eles deviam olhar no espelho e reconhecer que aquela bermuda que ele comprou em 1993, a camiseta de banda manchada e o chinelão que mais poderia ser um equipamento de wakeboard, não são elementos de estilo. Mas são confortáveis. A fubanguice dominical é só pelo conforto. Vale pra todos.

Homens que valem a pena jogam sinuca. Ou sabem fingir que jogam.

Homens de verdade não assistem novela. Nem "de relance".

Homens devem dar diamantes para as mulheres que amam. Não precisam comprar agora, nem amanhã. Mas um dia de sua vida, um homem deve presentar uma mulher com um diamante. Simplesmente deve. Um só é suficiente. Do tamanho que puder comprar.

Homens não dão risadas colocando a língua pra fora. Isso é coisa de gente retardada.

Homens bons gostam de cachorros. Inclusive dos pequeninos considerados "de madame". Só não colocam laços no bicho nem o chamam de "Gérard". Aí não é homem. Aí é fruta, sem caroço.
Homens devem ter um sorriso bonito, e sorrirem sempre que puderem.

Homens podem ser quietos mas não insuportavelmente tímidos. E deviam dizer o que sentem com mais frequência.

Homens de verdade não sentem vontade de bater em alguém para provar que são homens.

Homens bacanas seguram a bolsa da mulher no shopping à tira-colo e andam assim por muito tempo até se tocarem de que tem uma coisa laranja com alças azuis pendurada no ombro. E não se incomodam tanto com isso.

Homens precisam parar de bater nas coisas quando sentem dor. É muita palhaçada. Você não vê uma mulher com cólica esmurrando uma mesa. Porque se você ralou o braço, dar cabeçada no azulejo não vai fazer a dor passar. Não exige muito raciocínio chegar à essa conclusão.
Homens dirigem melhor do que as mulheres. Desculpe amigas, mas as "tiazonas do Xsara Picasso" sempre comprovam essa minha teoria.

Homens não chegam à um restaurante e pede "arroz selvagem". Simplesmente não pedem. Se você quiser comer isso, meu amigo, peça pra sua mulher falar com o garçom. E coma embaixo da mesa.

Homem que é homem não tem paciência para ficar provando roupa.

Homens precisam ter melhores amigos e saber que podem confiar neles. Um homem sem amigos é suspeito.
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E aqui se encerra mais um pedaço desta, que será uma das obras mais aclamadas da literatura moderna, da literatura barroca, e porquê não, da literatura Gospel.

Amém.
Aguardo os cheques das editoras.