29 de ago. de 2006

Demo Crasse Azia

E lá estava eu assistindo o horário político, sentadinha no sofá, tomando meu suquinho de cajú. E pude constatar, ao final de 50 minutos de apresentações, que algo estava muito errado.
O que me impressionou nestes candidatos não são os ternos mal-cortados, ou os bigodes escalafobéticos, os olhos vesgos tentando ler o discurso. Tampouco precariedade da filmagem, a tosqueira do som.
O que me assusta, minha gente, é a quantidade de candidatos sem dentes. E não são de um partido específico, os banguelas estão espalhados em todas as frentes políticas.
Não sei, mas penso que nos dias de hoje, com todas as inovações no campo da odontologia estética, uma pessoa que se mostra séria e comprometida com a ordem do país, que se preocupa com a economia, as exportações, a ligislação, a constituição, a ética, enfim, se auto-entitula politizado deveria do mínimo, prezar pelos dentes.
Os da frente ao menos.
Porque a cada fim de discurso decorado eu imagino que o dito cujo vá gritar:"Nojento!'
Octopussy

Toda vez que ouço, troco a palavra na minha cabeça:

O Polvo precisa de liberdade.
O Polvo quer educação.
O Polvo está cansado dessa bandalheira.
O Polvo tem que lutar.
O Polvo quer mudança!