5 de out. de 2007

O que muda e o que fica

Como vocês viram eu mudei a cara do blog. Ele estava péssimo, e eu deixava para arrumar depois. E como tudo que eu deixo pra depois, fica pra "bem depois", ontem tive um pequeno surto e arrumei tudo. Esse blog existe desde 2002, e por mais que eu já discorde de muitas idéias que coloquei aqui no passado, resolvi deixar os arquivos velhos. Penso que como tudo na vida é mutável, eu mudei. Estou sempre mudando. A essência fica, mas muita coisa eu deixo pra trás, querendo sempre substituir por outras melhores. Eu comecei a escrever aqui com 21 anos, ainda na faculdade de jornalismo, ainda sob as idéias socialistas que os professores socavam, literalmente, na minha cabeça. Meus amigos continuam os mesmos, ao menos. São pessoas que como eu, mudam de idéias, mas não de essência.

Lendo esses arquivos, sei que algumas coisas que eu adoraria que ficassem iguais sempre já não são mais assim. Não estou falando do meu corpo, ou da minha disposição física. Claro, adoraria ter o mesmo corpo que tinha aos 21, mas se olho no espelho, não acho que o corpo de 26 é ruim. É meu corpo, e inegavelmente, ele tem 26 anos.

A essência, essa nunca muda. Vejamos um post meu de setembro de 2002.
Ah sim, os erros de digitação e pontuação e enfim, os erros gerais deste trecho não foram alterados:

Hoje estava vendo tv.Tinha um cara meio afeminado jogando tarot para as pessoas que ligavam para o programa. Tudo via telefone mesmo. TOSCO. fico imaginando que é o imbecil que acredita nessas coisas e é mais imbecil ainda a se sujeitar a fazer a ligação humilhante.
"Ai meu marido tá desmpregado Beto (esse é o nome do tarólogo tosco), o que eu faço" e ae o cuzão responde "Olha amiga tem alguma coisa no caminho que está impedindo seu marido de conquistar as coisas. Esta carta aqui me diz que ele anda tendo problemas com a sogra. isso é verdade né?"
"Ai é mesmo. Meu marido não se dá bem com a minha mãe..."
VAI SER ÓBVIO ASSIM NO CACETE!

Sabe? Há 5 anos atrás, eu já falava palavrão e era muito mau-humorada. Hoje eu continuo assim, só que manero (tento ao menos) no uso dos palavrões.

Eu mudo, mudo, mudo. Mas continuo a mesma coisa. Até eu me impressiono.