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21 de jan. de 2009

Chapinhado

Outro dia estava ouvindo uma música interpretada pelo Lou Reed onde ele diz "sweeter than wine". Depois fiquei lembrando de várias músicas onde já ouvi "sweet wine" como sendo uma coisa boa e sensual. Tem uma música do Cream interinha dedicada ao maldito "sweet wine.

Não sei como pode ser isso, vinho doce é Chalise, Chapinha, Sangue de Boi, São Judas...

Fiquei imaginando o Lou Reed fazendo pose tomando vinho Chapinha em copo de requeijão.

Vinho doce é coisa de adolescente que sai de casa com 15 conto no bolso: tem que dar pra comprar um maço de cigarro e a bebida. O quê vem em garrafas grandes a preços módicos? Vinho. Tirando marvada pinga Jamel, que molecada hoje em dia sabe que morrer de cirrose aos 22 anos não é legal. Eles compram garrafas de vinho doce vagabundo.

Não sei porque tantas bandas resgatam esse tal de "sweet wine". Talvez eles lembrem da juventude regada a ressacas licorosas, as piores DO PLANETA.

Suco de uva Del Valle com cachaça seria melhor do que vinho tinto doce de mesa São Judas.

A música que me fez ficar pensando em vinho doce e Lou Reed é This Magic Moment:



Tá na trilha do filme Estrada Perdida como podem ver. A versão original é de 1960, cantada pelo sempre ótimo Ben.E.King e The Drifters:



Seja lá qual for sua versão favorita, não existe um momento mágico quando tomamos vinho doce.

Existe o momento "segura aí que eu vou gorfar ali atrás".

14 de jan. de 2009

Oh RLY?


"Você é tão infantil!"


3 de dez. de 2008

Você bebe?

Sempre.



Duvida?

Eu bebo e ainda danço isso. Oh yeah. Bêbado de verdade não ouve Nick Cave and The Bad Seeds.

Bebum ouve Usha Uthup.

11 de nov. de 2008

19 de out. de 2008

Sobre lhamas e bebês mutantes

Estou bêbada há 4 dias. Esqueço que em minha cidade natal a única diversão possível é ficar bebendo (muita) cerveja de manhã, à tarde, à noite, de madrugada e ao amanhecer. Hoje vi o sol nascer sentada em uma mesa de bar, bebendo. O lugar, feio e imundo, estava lotado de outros bêbados, em sua maioria homens com mais de 50 anos. Eu fazia um esforço enorme para manter minha cabeça em pé, mas não sentia mais minhas mãos, que não obedeciam direito minhas ordens e insistiam em tremer. Estava bebendo desde as 11 da manhã. Comecei a olhar para o copo sentindo um certo asco de dar outro gole. Meu estômago revirava ácido feito máquina de lavar. Cheguei em casa e tive sonhos intermináveis onde horríveis bebês peludos e com cabeças enormes, falavam arrotando.

Quando acordei com a língua completamente dormente, fui me escorando pelas paredes com uma tremedeira sem fim. Cheguei ao chuveiro onde fiquei por mais de meia hora sem me mexer, embaixo d'água, tentando lembrar o que diabos eu fiz no dia anterior.

Eu me lembro de cenas onde eu falava alguma merda muito grande em voz alta, chacoalhando meus braços bêbados pelo ar. E acho que ofendi pessoas indireta e diretamente. E existe o famoso GAP da memória. Ah, o gap, a falha, aquele exato período de tempo que você não se lembra de mais nada. O meu aconteceu no instante que subia o elevador, chegando de uma bebedeira prévia e me preparando para outra. Eu lembro de entrar pela porta e minha mãe me dar uma lhama. Você leu direito, uma lhama. Eu não sabia se estava alucinando. É aí que vem o gap.

Quando a memória voltou já estava sentada na mesa do bar imundo, de vestido e salto alto. Eram 4 da manhã, meu amigo estava contando segredos de sua vida amorosa e eu só conseguia pensar em manter minha cabeça ereta e segurar o conteúdo do meu estômago em seu devido lugar.

Agora estava passando pela sala e vi, em cima da mesa de jantar: uma lhama.


E eu juro que não vou beber nunca mais.
Ou pelo menos até as 17h de hoje.