29 de jan. de 2007

The Welfare

Quem vive de "welfare" nos EUA geralmente é ridicularizado. É tido como vagabundo, pessoa que não quer trabalhar. Não é levado a sério e sua opinião como cidadão é quase inválida.
É o governo se colocando responsável (e por consequência você também, contribuinte) por pessoas que não conseguem se sustentar.

A Welfare lá é nosso Bolsa-Família aqui. Só que diferente de lá, o Brasil não olha para essas pessoas, que literalmente são sustentadas pelo governo, como algo que atrasa o país. Pelo contrário, o Lula mostra seu bolsa-família como uma revolução social.
Recentemente vi uma matéria no Jornal da Globo, sobre mulheres no interior Bahia que literalmente viravam "fábricas de filhos" para ganhar seguro-maternidade. São 4 salários mínimos.

Seguro maternidade funciona para pessoas empregadas que tiram um período de licença para cuidar do bebê. Só que estas mulheres não trabalham, simplesmente são registradas como "trabalhadoras rurais" em uma região improdutiva. Ou seja, o governo joga dinheiro na mão de mendigo como se isso resolvesse o problema. Só que elas fazem filhos, para que a fonte não se esgote. Então, uma mulher que aparece na tela, segurando um bebê, com outro na barriga e mais sete (isso, sete) filhos em volta dela, não é de surpreender. E diz "foi com o dinheiro desses aqui que eu construí essa casa, ainda falta pegar o seguro desse que tá no meu colo e o da barriga".

Aí, filmam a casa dela. Espantoso: Tem dois quartos, um espaçoso e um menor. Os dois tem uma cama de casal. Só que pasmem: todas as oito crianças dormem um quarto (o menor), juntas, na mesma cama. Enquanto os pais, ficam sós no quarto ao lado, para continuarem a funhanhar e fazer o ganha-pão. São crianças que vão crescer, virar alguma coisa? Não, elas vão crescer, se multiplicar como os pais fizeram. Aí o índice de miséria aumenta. E lá vão os "pobristas" jogarem mais dinheiro na mão dos pobres.

"Me dá um reáu?"